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Ontem, 25 de Julho, foi Dia do Escritor e Dia da Mulher Negra Latino-americana, mas em meio à correria do trabalho, o pouco que consegui parar para pesquisar e me informar sobre a origem das datas não foi suficiente para me dar um mínimo de propriedade para falar aqui. Por isso, resolvi aproveitar a data para falar sobre um livro - maravilhoso - de uma escritora mulher negra latino-americana, escrito em 1859.
E não de qualquer livro, mas de Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, a primeira escritora negra brasileira.
A obra não fica em nada atrás de outros livros do Romantismo brasileiro, como os clássicos de José de Alencar ou Álvares de Azevedo. Aliás, pelo contrário: acho até que colocaria esse livro à frente em qualidade de todos os outros do nosso Romantismo. E não é só porque eu sou feminista, mas porque ele ensina mais do que a gente aprendeu sobre esse período literário na escola. Além do romance impossível, idealizado, o livro trata também de questões da escravatura - assunto que, no restante da literatura, só foi aparecer anos depois.
Um fato curioso (e triste) sobre esse livro é que ele ficou perdido, esquecido na história (como com certeza tantas outras obras de autoras mulheres negras) e foi encontrado por acaso, já nos anos 60, em um sebo. Só então foi que a obra passou a ser estudada nas universidades de Letras, e só muito recentemente passou a ser leitura obrigatória em alguns vestibulares.
Fica então a dica de livro da semana, para comemorar o dia 25 de Julho!
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