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Ela era agressiva e difícil.
Quantas vezes você já viu uma mulher ser descrita como agressiva, quando ela estava apenas sendo assertiva? Ou viu as ideias de uma mulher serem ignoradas, só para ver um homem ser elogiado por uma ideia semelhante? E quantas vezes você já viu uma mulher se vestir de forma menos feminina, para ser levada a sério?
Estas são apenas algumas das questões que Chimamanda Ngozi Adichie aborda no seu livro “Todos deveríamos ser feministas”, baseado na sua palestra de 2012 no TedxEuston.
Conversas sobre gênero são difíceis. A palavra feminismo vem com uma bagagem tão pesada, que ela brinca que a certa altura teve que se definir como uma 'feminista africana feliz que não odeia os homens e que gosta de usar brilho labial e salto alto para si mesma e não para os homens' , para tentar remover o peso negativo da palavra “feminista”.
“O problema do gênero é que ele prescreve como deveríamos ser, em vez de reconhecer como somos.”
O livro traz diversas lições, mas, relendo-o agora, como mãe de uma menina, há uma que realmente me impressionou: como meninos e meninas são criados de forma diferente. Os meninos deveriam ser fortes e destemidos; as meninas devem ser “agradáveis” – o que significa que elas não podem discordar ou serão taxadas de agressivas.
"Se você é mulher, não deve expressar raiva, porque é ameaçador."
As meninas não deveriam falar abertamente. As meninas não deveriam dizer o que pensam. As meninas não deveriam ter muita ambição. As meninas não deveriam ter muito sucesso. Existem muitas coisas que as meninas “não deveriam fazer”. Não consigo aceitar isso.
Quero que minha filha cresça em um mundo onde haja tantas mulheres quanto homens sendo cientistas e CEOs. Quero que ela se sinta tão confortável e confiante com saias, saltos ou sapatilhas de ballet, quanto fazendo mountain bike ou escalada. Quero que ela possa ser o que ela quiser. E que, quando ela crescer, não precisemos falar de feminismo, porque seremos todas feministas.
“Feminista: pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica dos sexos.”
PS: Publiquei esse texto aqui no LinkedIn a primeira vez em junho de 2021, em inglês. Reli o livro esses dias e pensei em escrever de novo sobre ele. Mas lendo meu primeiro texto, não mudaria nada.
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