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Faço uma movimentação lateral ou vou atrás de uma promoção? Vale a pena ter uma experiência em vendas? Será que me matriculo nessa especialização ou tento aprender algo novo de outra área?
Essas são algumas das perguntas que mais ouço em mentorias e conversas com pessoas mais jovens. Não existe uma única resposta certa - sem dúvida, são muitos os profissionais de sucesso que sabiam desde cedo do que gostavam e quais eram suas fortalezas. Mas, se você tem dúvidas, provavelmente não é o seu caso.
É aí que entra a importância de experimentar. No livro “Range”, David Epstein fala exatamente sobre isso - as vantagens de se ganhar uma variedade de experiências. Com exemplos que vão dos esportes até a NASA, o livro traz diversos insights e fundamentos científicos sobre porque devemos tentar ampliar ao máximo nosso leque de ferramentas.
É claro que, se um problema é conhecido, a especialização tem suas vantagens. Você provavelmente prefere fazer um armário com um marceneiro e tirar o ciso com um dentista. Mas sabe aquela história de que quando você só tem um martelo, todo problema é prego? Esse é o risco que as pessoas correm ao se especializarem, principalmente no início da carreira.
Nas discussões de Marketing, esse é um velho conhecido: a pessoa de branding que acha que só deveria investir em construção de marca e a pessoa de performance que só quer investir em growth - e quer medir os resultados de todas as ações nas vendas daquele mesmo dia (ou hora!). E para piorar: quanto mais experiência na área ganha, maior o risco do profissional especializado ter uma visão cada vez visão míope sobre o todo.
Do outro lado, a amplitude de experiências ajuda profissionais a gerarem mais insights e conexões. Em campos complexos e imprevisíveis (como o Marketing!), com grandes mudanças acontecendo a todo o tempo, quanto maior o repertório, mais preparado o profissional está para fazer analogias e transpor conhecimentos de uma área a outra. E essa capacidade de pensamento lateral é cada vez mais importante.
O recado final do livro é: trabalhe no máximo de funções que puder. Claro que, com o mercado difícil como está, esse é um conselho arriscado. Assim, minha dica é outra: ainda que seja dentro da sua função, conheça o máximo que puder as outras áreas. Saia a campo, vivencie o dia do seu vendedor ou do seu consumidor. Vá além: faça cursos que talvez não tenham nada a ver com a sua função hoje, como história da arte ou culinária. Leia livros que expandam seus horizontes, que te façam questionar o que você pensa.
Sobre esse livro “Range”, minha opinião é que ele é bom, mas poderia ser mais curto. Talvez porque eu sempre tenha preferido ser mais generalista, e ele só confirme o que eu já pensava. E você? O que acha?
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