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O Segredo da Dinamarca - Helen Russell

fernandamschmid

Atualizado: 30 de abr. de 2024


Comecei a estudar a felicidade em 2017, e nunca mais parei. Leio tudo que aparece sobre o assunto, e foi assim que esse livro veio parar na minha estante.  


A autora de "O Segredo da Dinamarca", Helen Russell, é uma jornalista inglesa que mudou pra Dinamarca quando seu marido foi transferido para lá a trabalho. Ela começou então a estudar o que fazia da Dinamarca o país mais feliz do mundo. 


As respostas são, no geral, as mesmas que vi por aí: praticar regularmente exercícios físicos, fazer parte de uma comunidade, aprender novas habilidades, ter um hobby fora do trabalho, férias regulares, estrutura e previsibilidade. Coisas que - com maior ou menor esforço - a maior parte de nós (privilegiados aqui no LinkedIn) consegue se organizar para ter.   


Algumas outras coisas também contribuem para esse nível mais alto de felicidade. Por exemplo, as escolas e creches, além de serem públicas ou subsidiadas, têm horário alinhado com o do fim do expediente no trabalho (menos culpa = mais felicidade), e a licença-maternidade é de 52 semanas, que podem ser divididas entre pai e mãe (mais divisão de tarefas = mais felicidade).


Agora o que a Dinamarca tem de mais especial? A resposta parece ser: CONFIANÇA. As pessoas confiam que vale a pena pagar 50% de imposto, porque o Governo vai saber onde alocar. Confiam que podem deixar o carrinho de bebê (com o bebê dentro) do lado de fora do supermercado, porque nada vai acontecer. Confiam que podem trabalhar em equipes e dividir suas ideias com os colegas, porque não vão tentar roubar ou te passar para trás. E por aí vai. E como a autora diz: as pessoas confiarem umas nas outras faz com que se comportem melhor, que faz com que confiem umas nas outras…


A Dinamarca tem problemas, como qualquer outro lugar. Algumas estatísticas mostram que é um país com altas taxas de violência contra a mulher (ou talvez as mulheres lá confiem que possam fazer denúncias que são caladas em outra culturas?); é também um país com altas taxas de divórcio (ou talvez as mulheres tenham independência financeira e uma cultura que não estigmatiza o divórcio?). Não sei. Estive em Copenhagen apenas uma vez, como turista (e adorei), mas tudo que aprendi sobre a cultura local foi com livros e artigos.


O que é muito legal nesse livro é que ele é um mix de auto-biografia, com estudos científicos, entrevistas com locais e experiências e aprendizados de expatriada sobre a cultura local. Tipo o hygge, algo como ficar dentro de casa à luz de velas e embaixo de cobertores, comendo e bebendo com amigos e família (amo ❤️). Ou o fato de terem um ritual e um bolo para tudo (amo muito ❤️ 🎂 ). Ou os emojis que aparentemente os dinamarqueses adoram usar, talvez para parecer menos frios e diretos 😊 (será que sou dinamarquesa?). Ah, e claro - terem o dia das vacas dançantes (essa eu vou deixar pra vocês descobrirem no livro 🐮 🎵 ). 


Vale a leitura. Você vai ficar pelo menos um pouquinho mais feliz.




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©2024 por Fernanda M Schmid

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