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Authentic Inclusion - Frances West

fernandamschmid

Atualizado: 30 de abr. de 2024


Entre os muitos absurdos que ouvi sobre o festival de música desse final de semana, um não foi falado o suficiente: o descaso com cadeirantes e demais portadores de necessidades especiais. 


Soube através de um grupo de WhatsApp do caso de uma mulher cadeirante que foi sozinha ao festival.


O depoimento dela é de causar indignação: não haviam rampas de acesso para as ativações de marcas, e nem mesmo para acessar a área destinada a PCDs! Os banheiros acessíveis ficavam distantes e, segunda ela, não fechavam as portas! Até para ir embora ela precisou de ajuda dos seguranças. 


Li recentemente o livro “Authentic Inclusion Drives Disruptive Innovation”, da Frances West, (comprado em Austin, na livraria do SXSW). Apesar de não ter curtido muito o estilo de escrita da autora - parece um pouco uma tese de doutorado - valeu a leitura pois as mensagens que ela traz sobre inclusão são super relevantes. Se fossem aplicadas por todas as empresas, certamente não veríamos casos como esse que ocorreu no festival. 


Um desses conceitos que ela apresenta é o de DESIGN FOR EXTREMES. “Desenhar para os extremos” consiste em pensar e incluir os “usuários extremos” na criação de um produto ou serviço. Em vez de fazer algo que atenda à média da população, quando criamos algo que funcione também para quem tem necessidades especiais, melhoramos o produto para todos. 


Por exemplo, se adicionamos Closed Caption (aquelas legendas que incluem, além das falas, a descrição dos ruídos, como cachorro latindo, com de explosão, etc), não só incluímos aqueles com dificuldades auditivas, mas também aqueles que precisam assistir a um conteúdo sem som. Quem é mãe, como eu, sabe bem a importância disso!


Outro exemplo é o de preparar os espaços para a inclusão de cadeirantes. Se um espaço funcionar pra quem usa cadeira de rodas, ele com certeza funcionará melhor também todos os outros: desde pessoas que não podem forçar o joelho subindo escadas, até quem está carregando uma mala pesada ou - mais um exemplo de mãe - quando você está com um carrinho de bebê. 


É por isso que concordo com a autora que inclusão e diversidade não deveriam simplesmente ser um tópico do RH, baseado unicamente em compliance e no cumprimento de cotas. Se mais empresas tivessem o “departamento” de inclusão em áreas como pesquisa, inovação, ou experiência do cliente, poderíamos garantir que melhores produtos ou serviços seriam desenvolvidos para todos. 



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©2024 por Fernanda M Schmid

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